A indústria 4.0 é um conceito cunhado pelo alemão Klaus Schwab, diretor e fundador do Fórum Econômico Mundial. Schwab se refere a um novo modelo comercial: se a chamada terceira revolução industrial introduziu a tecnologia na indústria, a quarta versão a torna protagonista nos negócios.

Porém, quais são seus pilares e suas aplicações práticas na indústria? Pensando nisso, preparamos um post especial para que você compreenda melhor esse novo modelo de negócios, suas vantagens e tendências. Acompanhe conosco!

O que é a indústria 4.0?

Trata-se de um novo paradigma de produção dentro das empresas, no qual a tecnologia se torna fundamental. Desse modo, a transformação digital garante que até mesmo as pequenas e médias empresas possam utilizar ferramentas avançadas.

A indústria 4.0 impulsiona muitos avanços em toda a rotina empresarial, já que as soluções digitais deixam de ser apenas ferramentas de apoio. Como exemplo de aplicação prática, temos a automatização de processos, que permite ao gestor retirar colaboradores de trabalhos puramente burocráticos e direcioná-los para tarefas mais desafiadoras.

Devido aos seus pilares, a indústria 4.0 representa uma possibilidade real de utilizar um conjunto de ferramentas versáteis, que otimizem as atividades empresariais de formas diversas. Tecnologias como a inteligência artificial, a ciência de dados e o Machine Learning deixam esse fenômeno bastante amplo.

Para se ter uma ideia do impacto da indústria 4.0, as profissões que mais crescem no país têm a ver com a tecnologia. Uma pesquisa encomendada pelo IEDI (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial) mostrou que profissionais como engenheiros e diretores de serviços de informática têm sido cada vez mais valorizados e integrados a diferentes tipos de negócio.

Quais são os pilares da indústria 4.0?

A indústria 4.0 tem novos pilares, que representam as oportunidades geradas nas empresas que aderem ao modelo. Vamos conhecê-los abaixo.

Análise de dados

As ferramentas de Big Data, Business Intelligence e análises preditivas de dados, por exemplo, propiciam o aumento de performance e otimização dos processos internos.

Isso porque essas tecnologias oferecem a oportunidade de extrair conhecimento relevante de dados estruturados ou não. Assim, fontes tão diversas quanto as redes sociais e o próprio histórico digital de operações financeiras da companhia são utilizadas para produzir informações úteis para o negócio.

Robótica

Esqueça o típico robô de filmes de ficção científica: na indústria 4.0, a robótica é representada, principalmente, pela automatização dos processos.

Desse modo, tarefas operacionais e logísticas são deixadas a cargo de softwares, por exemplo, que aumentam a produtividade geral do negócio — e colaboradores talentosos podem ser deslocados para outras atividades, principalmente aquelas ligadas às atividades-fim da empresa.

Simulação

Aqui, temos uma forma de imitação de uma situação, processo ou ambiente operacional. Muitas empresas estão começando a utilizar realidades virtuais em seus próprios negócios, por exemplo, incluindo o setor médico.

Além disso, o comércio tem utilizado a capacidade de simular para testar mercadorias antes do lançamento. Isso é feito por meio de testes na linha de produção virtual, que garantem que o serviço só seja lançado com o máximo de otimização possível.

Integração de sistemas

A integração entre diferentes soluções digitais é essencial para o aumento de produtividade. Ela possibilita que as empresas trabalhem com softwares cada vez mais personalizados de acordo com as exigências do seu próprio negócio, em vez de utilizar programas generalistas.

Internet das Coisas (IoT)

A Internet of Things consiste na ampla conexão entre uma rede de equipamentos, ambientes e máquinas por meio de dispositivos eletrônicos embarcados. Isso possibilita uma troca de informações ainda mais rápida e efetiva.

Por meio de uma rede baseada em IP, é possível monitorar um ambiente de forma remota. As casas inteligentes são o principal exemplo: utilizando apenas o seu smartphone, o proprietário consegue acompanhar o que acontece na propriedade, mesmo que esteja a quilômetros de distância.

Cibersegurança

A indústria 4.0 prioriza a segurança total das redes e dos ambientes digitais. Afinal, como o conceito se baseia em tecnologia de ponta, um ciberataque pode comprometer uma empresa de forma irreparável.

Assim, é importante que gestores de tecnologia protejam suas infraestruturas digitais. Ataques de hackers podem resultar em vazamento de informações confidenciais de clientes.

Cloud computing

A computação em nuvem serve à necessidade da indústria de empregar a mobilidade corporativa e o armazenamento seguro das informações. Imagine que documentos valiosos do seu negócio estão todos salvos em um disco rígido: uma mera queda pode ser o suficiente para que você perca todos esses dados.

Além disso, a computação em nuvem é escalável — é possível contratar mais espaço caso a sua empresa cresça e precise de uma estrutura mais robusta.

Manufatura aditiva

Representada pela impressão em 3D, a additive manufacturing envolve a produção e peças por meio de camadas sobrepostas de material, normalmente em forma de pó, para conseguir um modelo tridimensional.

Essa estratégia é utilizada para criar produtos personalizados, oferecendo vantagens no desenvolvimento e desenhos complexos.

Realidade aumentada

A realidade aumentada proporciona o envio de instruções de montagem e desenvolvimento de um determinado produto via celular.

Além disso, outro exemplo é a utilização da tecnologia na gestão e operação de determinados equipamentos. A realidade aumentada permite que o mundo virtual complemente o real, incrementando a possibilidade de visualização de processos.

Quais as tendências?

Impressoras 3D e a Internet das Coisas têm muito a evoluir, principalmente na integração entre diferentes equipamentos. A feira de Hannover, um dos eventos mais importantes do mundo em questão de tendências, destacou recentemente outras possibilidades. Vamos conhecê-las.

Cobots

Lembra que mencionamos os robôs da ficção científica? Talvez eles não estejam tão distantes, afinal. Os cobots são máquinas colaborativas, que atuam em conjunto dos humanos. Eles auxiliam em tarefas manuais e outros trabalhos, além das funções puramente automatizadas.

Na feira de Hannover, um exemplo instigante foi apresentado: uma vestimenta que transforma o braço humano em uma contraparte pneumática. Dessa forma, é possível reunir os movimentos sensitivos de uma pessoa à agilidade e precisão de um robô. Isso faz com que os colaboradores se desgastem menos em suas tarefas.

Gêmeo digital

O digital twin é uma tecnologia que possibilita a criação de um modelo virtual de um produto (como uma máquina ou turbina de avião, por exemplo). Dessa forma, é possível simular todas as etapas da produção e reduzir os custos com protótipos físicos.

Além disso, outro diferencial é que não é preciso interromper as atividades dentro da empresa para realizar testes, já que a simulação digital permite a prevenção de erros de forma otimizada.

Como pudemos ver no artigo, a indústria 4.0 vem se tornando uma realidade em todo o mundo, inclusive em nosso próprio país. Profissionais de tecnologia, que têm a missão de integrar soluções digitais a diferentes cenários, têm se valorizado cada vez mais.

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